Medusa desconfia brutalmente das ciências ocultas. Todas. Idolatrias.
Entrou na tenda muito contrariada. Achou a decoração pirosa. O incenso nauseou-a.
Via-se mal. Sentou-se. Esperou. Até que lhe chegaram os olhos amendoados cor de esmeralda. Madura; gorda; mal arranjada. Medusa vaticinou: menopausa.
A mulher lá fez o que tinha a fazer enquanto Medusa contorceu-se de desconforto. Sem um único movimento. Mais de uma hora nisto.
No fim, Medusa exausta, mulher satisfeita – cheia do gozo, certa de que a tinha esmagado.
Entrou na tenda muito contrariada. Achou a decoração pirosa. O incenso nauseou-a.
Via-se mal. Sentou-se. Esperou. Até que lhe chegaram os olhos amendoados cor de esmeralda. Madura; gorda; mal arranjada. Medusa vaticinou: menopausa.
A mulher lá fez o que tinha a fazer enquanto Medusa contorceu-se de desconforto. Sem um único movimento. Mais de uma hora nisto.
No fim, Medusa exausta, mulher satisfeita – cheia do gozo, certa de que a tinha esmagado.
Ditou-lhe:
“Comporta-se de forma polida e controlada. Por vezes usa uma linguagem rebuscada, pouco comum num contexto coloquial. É uma pessoa popular entre pares. No entanto, as suas relações são marcadas pela superficialidade. É-lhe difícil o contacto humano em profundidade e, portanto, a identificação com os outros. Parece faltar-lhe capacidade empática. Defende-se. Não apresenta traços marcados de hostilidade ou agressividade mas tem uma grande tendência para o controlo. Facilmente inverte papéis, procurando impor-se e afirmar o seu ponto de vista. Esta atitude de cariz narcísico arrisca a fazê-la perder a objectividade.
“Comporta-se de forma polida e controlada. Por vezes usa uma linguagem rebuscada, pouco comum num contexto coloquial. É uma pessoa popular entre pares. No entanto, as suas relações são marcadas pela superficialidade. É-lhe difícil o contacto humano em profundidade e, portanto, a identificação com os outros. Parece faltar-lhe capacidade empática. Defende-se. Não apresenta traços marcados de hostilidade ou agressividade mas tem uma grande tendência para o controlo. Facilmente inverte papéis, procurando impor-se e afirmar o seu ponto de vista. Esta atitude de cariz narcísico arrisca a fazê-la perder a objectividade.
Felicidades, Madame X.”
Medusa saiu da tenda com um sorriso rasgado no rosto e os olhos a brilhar de fogo.
Estava intacta.
Estava intacta.
Essa Madame está é a precisar de uns xanax e lexotans em dose de cavalo, e já agora uma chave de fendas para lhe apertar um outro parafuso mais solto.
ResponderEliminarLY, C.
O homem faz-se ou desfaz-se a si mesmo. O homem controla as suas paixões, as suas emoções, o seu futuro. Consegue-o canalizando os seus impulsos físicos para conseguir realizações espirituais. Qualquer animal pode esbanjar a sua força realizando os impulsos físicos sempre que os sente. Compete ao homem canalizá-los para fins mais produtivos que a satisfação dos impulsos. Ninguém se tornou ilustre por fazer o que lhe apetecia. Os homens insignificantes fazem o que querem - e tornam-se nuns Zés-Ninguém. Os grandes submetem-se às leis que regem o sector em que são grandes.
O autodomínio é sempre recompensado com uma força que dá uma alegria interior inexprimível e silenciosa que se torna no tom dominante da vida. O autodomínio é a qualidade que distingue os mais aptos para sobreviverem. O mais importante atributo do homem como ser moral é a faculdade de autodomínio escreveu Herbert Spencer. Nunca houve, nem pode haver, uma vida boa sem autodomínio; sem ele a vida é inconcebível. A vitória mais importante e mais nobre do homem é a conquista de si mesmo.
Alfred Montapert, in 'A Suprema Filosofia do Homem'
C., esse Alfredo deita cartas em que feira?
ResponderEliminarRealmente, só tu conseguirias transfornar esta zandinguisse num post maravilhoso. Lá está! A perfeita analogia de Versailles...
ResponderEliminarO que é que essa senhora diria se soubesse que tenho problemas em tocar nas pessoas?
ResponderEliminarIce, Ice BabY!!!
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